Ensimesmamento
Minhas emoções aglutinam o físico
O peito se espreme na angústia clara
Pede uma prece à paz dos dias
Mas recebe joio de recompensa
Meu amor pela vida é um grunhido
que traz a garganta o vazio de ser
as pestes são amiúdes agora
pragas que na passagem de hora
permeiam o tempo de morrer
Solidão e ódio estão presentes
o desejo eremita responde de novo
ninguém me avista no mundo
uma realidade do submundo
em que o coração pula ao poço