SILÊNCIO
SILÊNCIO
Sônia Sobreira
Fico em silêncio na escuridão da noite,
observando triste em meu pernoite,
as luzes do luar que se aproximam
prisioneiras de uma eterna soçlidão.
Fico em silêncio entre grilhões de um claustro,
que vai deixando marcas em seu rastro,
nas tortuosas trilhas infinitas,
marcando com meu sangue, seu caminho.
Fico em silêncio ao ser incompreendida
por alguns erros que cometi na vida,
sem ter culpa de errar por não saber,
quando acertar, foi sempre meu desejo.
Fico em silêncio lembrando o que passou
de um momento alegre que ficou
guardado para sempre na lembrança,
preso as paredes do velho coração.
Fico em silêncio por não poder voltar
e em nova senda poder recomeçar,
tudo aquilo que não realizei
sem ter medo de enfrentar o que vivi.
E em silêncio prossigo a caminhada,
versejando em noites estreladas,
na esperança febril que me sustenta,
de encontrar um dia, os sonhos que perdi!