Acônito
Me chame de Acônito
Por fora azul, pura lealdade e confiança
Aproxime-se e me conhecerá
Coroada com o elmo das trevas
A ovelha assassina de lobos
Intensa, romântica
Placas de alerta no jardim me excluem do resto dos seres
Apaixonada solidão
Condenada a exalar minha toxicidade sem controle
Uma bomba-relógio determinada a explodir
Ferindo todos à minha volta
Aguardando pelo dia em que alguém irá me desarmar
Sem explosões, nem alertas
Os seres se aproximarão
Serei coroada, não de trevas, mas sim de luz
Não mais assassina, apenas uma ovelha
Casta e azul
Tola
Distante devaneio utópico
Uma praga será sempre praga
Resolva o problema me excluindo
Dos seres, do jardim, da vida.