Acônito

Me chame de Acônito

Por fora azul, pura lealdade e confiança

Aproxime-se e me conhecerá

Coroada com o elmo das trevas

A ovelha assassina de lobos

Intensa, romântica

Placas de alerta no jardim me excluem do resto dos seres

Apaixonada solidão

Condenada a exalar minha toxicidade sem controle

Uma bomba-relógio determinada a explodir

Ferindo todos à minha volta

Aguardando pelo dia em que alguém irá me desarmar

Sem explosões, nem alertas

Os seres se aproximarão

Serei coroada, não de trevas, mas sim de luz

Não mais assassina, apenas uma ovelha

Casta e azul

Tola

Distante devaneio utópico

Uma praga será sempre praga

Resolva o problema me excluindo

Dos seres, do jardim, da vida.

Lyze
Enviado por Lyze em 28/11/2023
Código do texto: T7942192
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