AMARGO SER
Aquele gosto amargo na minha boca
Coroe o coração aos poucos
Dói sentir o teu gosto
Profundo no meu ser.
Quisera eu ouvir da tua voz vibrante
Que me aceita como sou
Não preciso provar o meu amor
Pois te dei sem nenhum acordo.
Onde estais agora?
Na obscura lembrança do meu ser
- E então sofrer qual o remédio
Complexo é o esquecer.
Percebi ao longe do preocupar
Que vejo o teu amor enaltecer
A hora é esta – vamos embora
Viveremos no mundo lá, no lá fora.
Cobrança é um luxo
Encaro assim, o teu refugio.
Fiz um desenho do teu rosto,
Em vão o tal esforço.