PORTO
Na solidão, o silêncio.
Na dor, a carne
Nas sombras, o eu
Onde quem chama já morreu
Ou pede para nascer.
As estrelas no céu a roçar noite a dentro
Iluminam o caminho a guiar-me
A lua amarela e solitária no alto do nada
Sugere segredos do vento que passa
Nas páginas vazias do livro da vida
Escrevo versos tristes
Sem rimas
i-na-ca-ba-dos
E a esperança se faz, a solidão revela
Que um novo amanhecer trará se não luz, amor
E a dor será apenas histórias de um passado
Guardado em um quarto escuro de uma alma qualquer.