Flores
As flores que nunca ganhei
Murcharam, empedernidas,
Viraram pedra,
Esfareladas e calcinadas,
Depois pó,
Como a cal salpicada
Sobre a última morada
De um pobre coração
Soterrado
Onde guardo as minhas
Reminiscências
Cheias de enigmas
Trancafiadas em segredo.
Tenho um império interior
No meu mundo retraído
Onde só eu sei morar
Aqui dentro tudo faz sentido