O Dilema de Narcisa

Narcisa, na encruzilhada do destino,

Com passos decididos e coração em alarde,

Buscava a liberdade, um anseio divino,

Era o desejo profundo em sua tarde.

Quando, quase à beira da conquista esperada,

Sentiu o vento da liberdade acariciar seu rosto,

Em seus olhos, uma esperança dourada,

No peito, um anseio que a tornava solta.

Narcisa, quando levantou a cabeça e olhou,

Sentiu suas pernas perderem tal força

A mesma que lhe fizera virar, e chorou,

Ao saber que talvez o medo, o futuro distorça.

Mas, ao olhar para trás, viu o passado,

O espectro da opressão que a espreitava,

A sombra do medo que havia sido deixado,

E, em seu coração, a dúvida se insinuava.

Em seus passos, o dilema da escolha iminente,

Entre o que era conhecido e o que era incerto,

A liberdade reluzia, tentadora e cintilante,

Mas a opressão, ainda presente, a fazia sentir-se perto.

Então, Narcisa, dividida em sua decisão,

Voltou para os braços que a aprisionavam,

Como um pássaro que teme o voo em solidão,

Escolhendo o conhecido, mesmo que as asas lhe tolham.

E assim, a liberdade que lhe fizera sonhar,

Ficou adiada em um futuro distante,

Narcisa, em seu dilema, a se questionar,

Se fez a escolha certa ou se tornou refém de um instante.

Nas encruzilhadas do destino, ela parou,

Narcisa, dividida entre a coragem e o medo,

E em seu coração, o peso da escolha pesou,

Como uma âncora que a mantinha em segredo.

Narcisa, na busca pela liberdade desejada,

Fez uma pausa, em seu eterno conflito,

E o futuro, nesse instante, se tornou encantado,

À espera da decisão que a levaria ao infinito.

Bernardo Reis
Enviado por Bernardo Reis em 21/08/2023
Código do texto: T7866760
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.