O Dilema de Narcisa
Narcisa, na encruzilhada do destino,
Com passos decididos e coração em alarde,
Buscava a liberdade, um anseio divino,
Era o desejo profundo em sua tarde.
Quando, quase à beira da conquista esperada,
Sentiu o vento da liberdade acariciar seu rosto,
Em seus olhos, uma esperança dourada,
No peito, um anseio que a tornava solta.
Narcisa, quando levantou a cabeça e olhou,
Sentiu suas pernas perderem tal força
A mesma que lhe fizera virar, e chorou,
Ao saber que talvez o medo, o futuro distorça.
Mas, ao olhar para trás, viu o passado,
O espectro da opressão que a espreitava,
A sombra do medo que havia sido deixado,
E, em seu coração, a dúvida se insinuava.
Em seus passos, o dilema da escolha iminente,
Entre o que era conhecido e o que era incerto,
A liberdade reluzia, tentadora e cintilante,
Mas a opressão, ainda presente, a fazia sentir-se perto.
Então, Narcisa, dividida em sua decisão,
Voltou para os braços que a aprisionavam,
Como um pássaro que teme o voo em solidão,
Escolhendo o conhecido, mesmo que as asas lhe tolham.
E assim, a liberdade que lhe fizera sonhar,
Ficou adiada em um futuro distante,
Narcisa, em seu dilema, a se questionar,
Se fez a escolha certa ou se tornou refém de um instante.
Nas encruzilhadas do destino, ela parou,
Narcisa, dividida entre a coragem e o medo,
E em seu coração, o peso da escolha pesou,
Como uma âncora que a mantinha em segredo.
Narcisa, na busca pela liberdade desejada,
Fez uma pausa, em seu eterno conflito,
E o futuro, nesse instante, se tornou encantado,
À espera da decisão que a levaria ao infinito.