Enigma Íntimo
Quando mais jovem olhava para o infinito
E sentia certa paz, certo alento.
A casa vazia.
Vazia qual minha vida de jovem.
As paredes velhas, gastas, eram minhas testemunhas.
O meu silêncio emergia diante do terror das madrugadas:
Prantos de uma alma depressiva.
A luxúria crescendo lá fora,
Feito os ódios temerários dos seres maus: homens e mulheres.
O gosto adocicado da lágrima referendava a mágoa;
As perdas; a palavra triste e malfadada me consumia,
Feito menino perdido na areia de uma praia distante.
Quando mais jovem eu trancava-me no mundo de vinil e saudades.