SOLIDÃO
Eu vejo
Quartos fechados
Rostos amargurados
Corredores vazios
Exibindo sombras dos meus martírios
Desnudando meus delírios
Sonhos dilacerados
Retratos despedaçados
Eu sinto
A felicidade indo embora
Do meu agora
Eu fujo pra varanda
Do meu tempo frio
De uma vida que desanda
Na casa onde ninguém manda
Vejo o violão
Debaixo do braço
Mas não vejo o coração
A mocidade sem felicidade
O jogo triste da desilusão
De onde não sai samba canção
De onde não sai o meu abraço
Por tudo aquilo que faço
Eu vejo a lua indo embora
Na noite fria lá fora
Vejo o sol da minha aurora
Chegando fora da hora