As margens do esquecimento
As margens do esquecimento
Minhas lágrimas caem
por um descontentamento,
se aos que sirvo
nem o mínimo retorno.
Na beira do abismo
só um justo grita
e na despedida
salta, grita e morre.
O povo esquece,
os companheiros esquecem ,
a vida se esquece e
quem fora ele um dia?
As margens da história,
urgiram e urgem os descontentes,
como se não houvessem existido.
De lágrima em lágrima
e de justo em justo
o copo transborda,
e quem serão esses novos?
Minhas lágrimas caem
e são lágrimas do povo,
mas nem o mínimo me vem
e salto, grito e morro.
Paulo Cristian Mendonça