Deixa-me.

Deixa-me contar-vos uma história,

Sobre a solidão que me consome,

Em meio a este mar de memórias,

Eu navego sem encontrar um nome.

Deixa-me perder-me na imensidão,

Dos meus pensamentos mais profundos,

Por entre nuvens de solidão,

Procuro abrigo em sonhos jazidos.

Deixa-me mergulhar no silêncio,

Em suspiros vazios e angústias sentidas,

Como um poeta sem seu elucubrar,

Na solidão é onde encontro minhas rimas.

Deixa-me encarar a escuridão,

Sem medo, sem pavor, sem temor,

Enfrentar a solidão por opção,

Transformando-a em verso, em amor.

Deixa-me abraçar-me na solitude,

Como uma velha amiga, fiel confidente,

Pois é na ausência que encontro plenitude,

E percebo que a solidão, também, me compete.

Deixa-me percorrer o caminho,

Da solitude que tanto aflige,

Pois é nessa jornada que me defino,

Em cada passo, cada verso que escrevo.

Deixa-me encontrar-me no vazio,

Na companhia de minhas próprias sombras,

Na solidão encontro um abrigo,

E florescem, em mim, as mais belas palavras.

Deixa-me ser o poeta solitário,

Com versos que transbordam dor e saudade,

Pois é na solidão que encontro o cenário,

Para eternizar minha própria verdade.

Deixa-me navegar nesta solidão,

Com meus versos como único alento,

E assim, nas entrelinhas, encontrar a razão,

Para transformar a solidão em sentimento.

BrunoBandeira
Enviado por BrunoBandeira em 29/07/2023
Código do texto: T7849065
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