Menino de chapéu
Ouvia-se do porão seu notável lamento
Cantavam junto dele a tons sem graça as sereias
Suas cordas enferrujadas traziam o choro
Que levavam pelas ondas o seco tormento
Falava àquele mar até o que não devia
Engarrafou, por amor, as mais sinceras cartas
Não era tolo, não esperava que alguém as leria
Mas o fez. Entregou de mão beijada tudo que tinha
E, de quase nada, o que mais lhe valia
Taciturno. " Marinheiro de primeira viagem"
Mente em ressaca. Quem o dera fosse álcool
Encalhado num banco, rumina seu rumo
Percebe que nada do que havia aprendido bastava
Não era seu jeito de ver o mundo