ISOLADO NA REFLEXÃO
Como dez taças de vinho na mente
Mil devaneios se apresentam
Como Napoleão, isolado
Criando amigos, imaginários.
Como um ditador, escritor
Pego-me escrevendo poemas
Textos para estrelas, tão serenas.
E em um curto espaço temporal
Como a falta de ar repentina
A crença no amanhã me atinge
Pois a cada remédio ingerido
É mais um dia de melhora, vivido.
Sonhando com o fim do desespero
Vacinando a tristeza
Imunizando a saudade
Para que o abraço mais quente
Seja o da vida, longa, vivida.