Cala se a voz
Cala se a voz.
Cala se a voz, dos violinos,
Algozes, com sua violência,
Silencia o choro, que escorrem,
Entre os dedos da noite.
Numa esfera cheia de solidão.
Cala- se a lua, todo ponderada,
Inclinada, para os sonhos,
Que descem em constelação,
Sobre o céu da minha alma!
O céu da minha alma,
É um jardim, iluminado,
Pelos olhos de Miguel são arcanjo,
Que vive, em vigília, noite e dia.
Quando o sono profundo da morte
Vem, cala se a voz presa dentro da alma!
Rosy Neves.