Só...
Só no silêncio da noite estrelada,
Sinto a melodia da minha alma despertar,
Através das palavras que não foram ditas,
No eco suave que o coração faz ecoar.
Só no abraço apertado da solidão,
Descubro as sombras que habitam em mim,
E na escuridão, encontro a luz perdida,
Que ilumina os caminhos do meu jardim.
Só no sorriso tímido da aurora,
Vejo a esperança pintando o horizonte,
E na brisa suave que acaricia minha face,
Sinto o renascer de sonhos que se escondem.
Só na tristeza profunda de uma lágrima,
Transbordo sentimentos que não posso conter,
E nas palavras escritas com dor e saudade,
Liberto a alma e deixo-a fluir e viver.
Só na grandiosidade do universo vasto,
Me descubro pequeno diante da imensidão,
E no encontro com o divino que me abraça,
Sinto-me parte de algo maior, em comunhão.
Só na simplicidade de um gesto sincero,
Encontro a verdade que me faz transcender,
E na sinceridade de um amor verdadeiro,
Desvendo o mistério de amar e ser.
Só na eternidade de um momento efêmero,
Guardo memórias que jamais irão se apagar,
E no tempo que escorre como areia fina,
Reafirmo que viver é amar e sonhar.
Só... um pequeno adverbio que carrega tantas possibilidades,
Que revela a essência da vida em sua singularidade,
Só... a poesia que transborda do coração,
E se faz presente em cada verso e em cada inspiração.