No silêncio da noite...

No silêncio da noite tantas conversas,

São sonhos despertos sob a coberta;

Seres aquecidos pela solidão imensa,

Enquanto isso, uma coruja desperta...

Pia pacienciosa a espera de sua presa,

Feito a Lua; toda cheia, sobre a cerca...

No céu o circulo brilhante, sem pressa,

Clareia as janelas das casas, luz acesa.

Sobre a cerca, coruja quieta, espreita,

E a presa inocente passeia, é a cadeia...

Alimentar de todos os seres, e aceita;

Alçar o voo com seu algoz, e ser a ceia.

A luz se apaga, e dorme agora a casa...

Sonhos acordam, e seres adormecem,

A noite brinca por entre as mariposas;

Quente luz artificial, asas estremecem.