Não tenho ninguém
Hoje experimento a solidão, sem ninguém
Porém, já experimentei a paixão, e sofri além,
Em busca de alguém para compartilhar
Mas quando encontro, eu digo não sem hesitar
Como uma gangorra, oscilo entre o céu e o inferno
Essa indecisão me torna imortal
Como acreditar no amor sem fervor
Essa dor é difícil de suportar
É uma batalha que eu hei de lutar
Saudade de uma vida que não voltará
Vontade de um amor que me matará
Gritei aos sete ventos que não iria voltar
Olhei aos quatro cantos e só quis amar
Me matei por quatro vezes
E chorei por meses
Como tenho sete vidas, restaram três
E nessas três, me entreguei a satisfações
Me arrisquei e cai em tentações
O sino ecoou, o tempo não esperou
Sem chance de acolher meu menino
Perdi mais uma vida, em dor me enleio
Uma oportunidade voou, não tive um filho e meu ser não perpetuou
Meu desejo mais profundo, tão puro e fecundo
Deixar minha semente para no mundo aflorar
Quando só restam duas vidas nesse mundo
Cada segundo é valioso, é preciso aproveitar...