FOLHAS CAÍDAS
Caminhando por caminhos distantes,
Contemplo as cores de jardins alheios.
Enquanto eu, envolto por crótons e seixos,
Sigo meus passos fracos, cambaleantes.
Contemplando a flor que não me pertence,
Perco-me em ilusões cinéreas,
Vejo-me preso em uma realidade pétrea,
Onde me perco no que não me pertence.
Outono de minha existência cinza,
De árvores agonizantes no que se finda,
Chorando suas folhas caídas ao chão.
Inevitável solidão escura,
Contraditoriamente é o que me cura
Das adversidades de uma proibida paixão.