Meus pedaços de papel
Já não sei voar, e as nuvens não me deixam enxergar,
Talvez a rotina ou teu amor incondicional tenham me guardado num lugar seguro,
O absurdo dessa realidade tão mofada e decadente carrega milênios de egoísmos e derrotas permanentes,
Já posso chorar em meus pedaços de papel, e me vingar dessa realidade corrosiva,
Já posso cortejar o desespero e sangrar nesse vazio de dias e noites de silêncio,
Enquanto a solidão jorra em segredo suas lágrimas de saudade esperando essa insolvente eternidade...