RUÍNAS
Esquecer-se que existe
o que vive próximo,
é colocá-lo na espaçonave
rumo as lembranças
do que vive distante.
E às vezes dá calafrios pensar
que nos desencontros da vida
os caminhos possam se cruzar
e nos desacertos do destino
acertos poder mudar
ou construir novas histórias.
Temo.
Temo porque o mundo gira
e no girar do mundo
há quem encontre o prumo da jornada
e o equilíbrio que desequilibra
os pilares de quem não percebe
a ferrugem que se alastra,
nem a erosão no solo em que se apoia.
É assim que castelos desmoronam,
terminam sonhos,
encerram-se grandes projetos
e o amor ressentido bate asa
à procura de uma nova casa!
( lavinsk vetter )