PÁSSARO FERIDO

E nem todas estrelas

Agora brilham no céu

Mimetizando centelha

E o exaurido menestrel

Compele o tule negro

Macula a tênue seda anil

Deglute a sombra do medo

De uma velha alcova que ruiu

Cabe ao justo a parte

Que não é do quinhão

Pois o silêncio covarde

Ecoa em sua obrigação

O sentimento de culpa

Agora estampa o rótulo

Extirpando a norma culta

Deveras o álbum póstumo

O transe da hipnose

A modorrar pelo fastio

E o pensamento se contorce

Sem ter o seu propósito ardil

Ao bólido flamejante

A presunção do pedido

Pois a lua é dos amantes

Enquanto eu ... pássaro ferido

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 15/04/2023
Código do texto: T7764688
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