DONO DE MIM

Caminho sem dono pelos meus

versos bambos, equilibristas.

Atravesso o deserto seco dos

meus olhos. Da pele branca,

que rubra, me enobrece.

Aceito a prece que eu mesma

lanço...

Molho a palavra e não me

canso de escolhê-la, crua.

Pela rua, versos desfilam poetas,

luzes mambembes deste palco.

Nessa boca nua, nenhum beijo

se revela, então me calo.

Então caminho sem dono,

por esses versos rasos de

passos largos...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 10/12/2007
Código do texto: T772628
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