DONO DE MIM
Caminho sem dono pelos meus
versos bambos, equilibristas.
Atravesso o deserto seco dos
meus olhos. Da pele branca,
que rubra, me enobrece.
Aceito a prece que eu mesma
lanço...
Molho a palavra e não me
canso de escolhê-la, crua.
Pela rua, versos desfilam poetas,
luzes mambembes deste palco.
Nessa boca nua, nenhum beijo
se revela, então me calo.
Então caminho sem dono,
por esses versos rasos de
passos largos...