Não sei te esquecer

Um vento solar aquece minha frieza.

Parcos espaços delimitam outra presença.

Intensas cores pintaram o céu de vermelho,

todas as dores refletiram-se no espelho,

em meu olhar apenas lê-se uma sentença.

Longas noites destinadas à solitude,

perdido em tantos pensamentos do passado.

Nas mutiladas memórias da alegria,

a mente insone vaga até nascer o dia,

razão inerte, mergulhada em quietude.

Existem sombras quando a lua vai embora.

Fico impassível, resta pouco a fazer.

Na escuridão é difícil achar a porta

e a saudade ainda me corta

por quem não sei esquecer...

SATURNO
Enviado por SATURNO em 10/12/2007
Reeditado em 25/07/2013
Código do texto: T772273
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