Não sei te esquecer
Um vento solar aquece minha frieza.
Parcos espaços delimitam outra presença.
Intensas cores pintaram o céu de vermelho,
todas as dores refletiram-se no espelho,
em meu olhar apenas lê-se uma sentença.
Longas noites destinadas à solitude,
perdido em tantos pensamentos do passado.
Nas mutiladas memórias da alegria,
a mente insone vaga até nascer o dia,
razão inerte, mergulhada em quietude.
Existem sombras quando a lua vai embora.
Fico impassível, resta pouco a fazer.
Na escuridão é difícil achar a porta
e a saudade ainda me corta
por quem não sei esquecer...