o limite de humor

O limite do humor está nos risos

Está no ambiente

Está no setup da piada

No sketch

Está onde o humorista consegue ir

É contra a corrente, contra a maré

É fé no impossível

O limite do humor está naquilo que é insuportável/suportável para alguns: - está na felicidade, nos amigos e na diversão descompromissada

Na verdade que está acima da realidade, a realidade tangível aos sonhos, desejos do humorista e ao público!

A arte de rir é a mesma da arte de enganar-se!

A arte de rir é a mesma arte teatral,

é a arte do choro pelo riso e do riso ao choro!

não é coisa nenhuma e é coisa outra.

quem pode separar meu choro, meu riso e minha alegria na balança?

quem é o santo, santa desta terra?

quem é o heroí, heroína da justiça e dos bons costumes?

quem admite hoje sua própria ignorância

em um mundo cada vez mais capitalista de um jeito informacional?

e no marketing existencial?

onde as pautas são aquilo que você não acredita,

e sim naquelas que você compra?

quem é parte deus e homem?

quem é parte, portanto, semi-deus?

quem é a bondade? o que é a bondade? e o que é a justiça? o que é justo?

o justo está naquilo que é insuportável como o pensamento contrário a minha crença?

o justo é meio viável pelo senso comum?

que conceito de justo temos do limite do humor e das artes?

e mais ainda, quiça da verdade, diálogo, espaço?

o humor meus leitores, é a arte do insuportável!

a arte que não vale nada, mas trás grandes compromissos quanto a verdade sublime!

o humor é arte dos valores, é como um jogo de cartas: baralho!

o humor é arte do ridículo, da idiotice, da coisa boba!

o limite do humor é o mesmo limite para a verdade, para a justiça!

o limite do humor é o limite da nossa crença!

que crença?

se acreditas na verdade, usará o humor para demonstrar as coisas que não são boas!

se acreditas na justiça, usará o humor para demonstrar aquilo que é injusto!

e assim por adiante.

o limite do humor está dentro da lei, é trâmite, processo, burocracia!

talvez o limite do humor esteja mesmo no limite da consciência individual e coletiva!

e até dentro do capitalismo, o limite do humor é naquilo que se pode ter ou é seu espaço!

o mesmo limite do humor é o mesmo limite da roupa: coisa nenhuma.

vista-se da forma como pode, o que não é permitido é senso de ciúme, vaidade, egoísmo, exagero, falta de sentido e delicadeza própria!

como a própria existência, experiência

e quem sabe? a consciência individual ou coletiva? (que já lhe impõe bastante coisa).

talvez não seja possível ter um limite para o humor, assim como não há um limite para a liberdade.

assim como, não há um limite para os sonhos, desejos de uma vida melhor.

o limite do humor como o limite da verdade, liberdade está no equilíbrio de tudo isso e nada mais ou menos disso.

talvez o limite do humor esteja naquilo que toleramos, respeitamos: o diálogo e o pensamento oposto!

o limite do humor está na própria realidade e na natureza humana: a contradição!

está dentro da nossa visão de mundo e talvez política, religiosa, mística e talvez dentro daquilo que conhecemos, vamos conhecer, já conhecemos ou esquecemos!

o humor é a arte do inaceitável: juízes de valores, bons costumes!

à nossa história, geografia, filosofia, biologia, arte, língua, cultura, direito, dever, crença, ideologia, valor, responsabilidade à experiência humana em seu sentido linear, não linear, o grande apogeu!

o limite do humor é o limite ou problema da comunicação e da liberdade!

o limite do humor é o mesmo limite da aparência: está na maquiagem

o limite do humor está na linguagem, na atitude, no espetáculo!

qual é o limite da filosofia e da ciência?

qual é o limite do caos, essência e da ordem?

qual é o limite do costume e da tradição?

qual é o limite do desejo, sonho e da vontade?

qual é o limite do absoluto e do relativo?

qual é o limite entre o vício e a virtude?

qual é o limite aceitável do inaceitável? ( do bem e do mal? do justo e do injusto? qual é o limite da dúvida e da afirmação?)

qual é o limite da imaginação e da realidade?

qual é o limite do senso comum?

qual é o limite da escolha e do propósito?

e mais ainda, qual é o limite da experiência, razão, espetáculo, existência?

qual é a nossa origem?

para onde vamos?

quem somos?

qual é o nosso destino?

qual é o limite da relação de deus e do homem?

será que tudo tem um fim mesmo sem começo?

será que todo começo tem um fim?

será que todo fim é ocasionado por um começo?

qual é o limite do humor se há?

será que todo mundo é ofendido com pouca coisa, com muita coisa ou coisa nenhuma? (quem define ser ou está ofendido?)

(por fim, reflito e penso / e volto a refletir e a pensar novamente: - qual é o limite para a ofensa? qual é o limite de está ou ser ofendido? qual é o limite da dúvida de ser de fato ofendido?

para onde vamos?

meu deus, qual é o limite para o bem e para o mal?

meu deus, qual é o limite para a humanidade?

das observações gerais

o limite do humor está na ausência do limite do humor

mas o humor é ausente/ausência de limite

dos fatos

o limite do humor está na ausência do limite do humor

mas o humor é ausente ou possui ou tem ausência de limite?

seria o limite do humor a ausência de humor?

ou seria a ausência de humor o limite ou próprio humor?

da conclusão

é com o humor que podemos ver as segundas intenções da natureza humana.

isso não nos torna mais ou menos preconceituosos, mas de fato nos mantém alerta aquilo que é nos faz falta. Talvez em parte bondade, maior tolerância. Talvez o paradoxo aqui do humor seja semelhante ao paradoxo da liberdade e da tolerância de Karl Popper. No sentido que devemos perceber o nível mínimo e máximo

ou o grau mínimo e máximo do humor bem como aquilo que toleramos e respeitamos, para que o intolerável não seja de fato aceito, pois isso tornaria o que é tolerável ao desaparecimento ou a ser inaceitável.

"O paradoxo trata da ideia de que, no ambiente social, a tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância." - até mesmo o limite do humor tem limite, não é ilimitado. só que aqui é que está um paradoxo ao meu ver verídico, falsídico ou condicional:

- o que de fato compõe o limite do humor é ausência do limite do humor,

- mas o humor por sua vez é ausente ou possui ou tem ausência de limite.

a ideia do paradoxo funciona nesse contexto:

- a) rimos de algo que nos faz falta ao mesmo tempo que uma ou mais piadas pode não ser aquelas que nós gostamos, queremos, aceitamos, toleramos, respeitamos.

- b) ao mesmo tempo, que podemos em certo grau de tolerância, tolerar certas piadas que em outro contexto e com outra pessoa, de certa forma não é algo aceitável ou desejável.

- c) ao mesmo tempo que dada a ideia de humor, não há limite para aquilo que toleramos ou não toleramos. haja vista que a ideia de humor é ausência de limite.

- d) mas quando fazemos alguma piada, não há limite para aquilo que queremos contar ou fazer graça.

- e) mas precisamos ou temos limite em nosso próprio humor para aquilo que toleramos, respeitamos, queremos ou temos.

o paradoxo envolve a relação das ideias: a, b, c, d, e - tanto de forma independente, dependente, interdependente, isolada ou contextual.

dos pensamentos anteriores/posteriores ou das definições teóricas

a arte do humor é a traição

sempre que rimos, rimos no sentido de bem e mal, e somos contrariados com isso

boa parte daquilo que rimos reflete algo de nós mesmos e nenhuma parte igual ou diferente

o limite da arte do humor é o questionamento, a quebra de expectativa e o status quo

humor é contradição, controvérsia, contrariedade, revolta

e mais ainda nisso tudo: certa consciência, constância, disciplina, respeito

as vezes o humor é político/apolítico/des-político e amor mútuo

humor é a indiferença

Celene Dias Mora
Enviado por Celene Dias Mora em 11/02/2023
Reeditado em 22/02/2023
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