Alma Minha
Alma Minha
Cala-te diante do silêncio!
Alma minha dentro de ti
Fala com gestos ocultos
Na linguagem da solidão
Diz tudo que com palavras
Jamais poderão ser ditas
Apenas com lagrimas podem expressar
Acaba com todo barulho
Com o som das tuas pálpebras
Lacrando meus olhos...
Aprisionando meu olhar
Na ultima imagem que só meu coração
Viu naquele momento aprazível eterno
Perpetuo que se perdera em lagrimas
Uma em questão doeu demais
Dilacerante rompendo as represas
Que seguram as janelas da alma minha
Que se afoga nessa tempestade
Que se forma dentro de mim
Como sentimentos podem machucar
Tanto assim!
Se são tudo das primícias do meu ser
O fruto doce do meu sentir
A ambrosia dos meus sentimentos
Me aprisionam!
Me machucam!
Me fazem chorar!
Nem posso gritar dentro de mim
Pois perturbar teu silêncio é cruel
Tu já és eterna testemunha dessa dor
Dona das minhas duvidas...
Senhora dos meus segredos...
Confidente dos meus sonhos...
Espantalho dos meus pesadelos...
Parte integrante de mim!
Fragmento essencial do meu ser!
Alma minha serás sempre meu talvez,
Meu sim, meu não...
Serás sempre o melhor e o pior de mim
Minha lagrima fujona que busca meu soluço abafado
Serás minha dor da paixão perdida,
Minha alegria do amor que desabrochou!
Acima de tudo alma minha
Tu essencialmente serás eu!
Ricardo do Lago Matos