Enigma dos Sonhos
Enigma dos Sonhos
Estava só, sozinho eu estava quando te encontrei vagando nos meus sonhos...
Você andava com todo seu glamour, como se as nuvens fossem as cortinas que escondem o paraíso
Nos meus profundos olhos redundantes, existiram lágrimas que o tempo encarregou-se de enxugá-las,
Tenho dias fabulosos tudo girando em torno de mim, mas são vagas as canções que induzem minha harmonia
O Nascimento e a morte são coisas imprevisíveis, dentro destas importunas horas surge como esperança o brilho do sol
Minha inspiradora lua, tu que sempre me encanta nas noites de solidão, é tarde, mas estou vagando por entre espinhos na noite que tanto amo, respirando a ar que supre a necessidade de meus pulmões
As sombras permeáveis do anoitecer é meu refúgio, os raios destroem minha pele e consomem minhas lembranças
O destino é um navio carregado de incertezas...
Nos sonhos vejo coisas que me surpreendo, mulheres vestidas de anjos, monstros que me persegue nas vielas, o eu santo e o eu psicopata
O frio que sinto na sua ausência, é um pecado que carrego nos meus tristes dias, dentro da minha imaginação, nas tristes horas que me mantêm vivo, nas rosas que morrem antes que parta de minha face um sorriso
Estou à procura de minha própria identidade, resgatando as fantasias perdidas dentro do meu próprio inconsciente, no céu desbravado de estrelas e mesclado de nuvens, meu espírito sobre elas repousa levemente, nas noites em que meus sonhos distorcem em meio a turbulências, quem dera eu fosse um poeta que nos murmúrios dos seus gemidos e suspiros eu fosse consolado.
[Wilton Jacauna-18/11/06]