SEM MOTIVO
Sem motivo,
Mas feito um tsunami
O vazio invade a alma.
Um buraco sem fim
Se instala no peito.
Dor aguda fere
É impossível fugir.
Dói, dói, dói.
Sangra, sangra, sangra.
A alma chora,
Mas a dor se nega
A ir embora.
Triste e muda,
A alma cala,
Feito flor sensível
Fenece...
Quem sabe...
Retornará semente.
Ione Barbieri (Rubra Rosa)
24\12\2022
Imagem:‘Melancolie’, do artista romeno Alberto Gyorgy