Sentimentalismo
Em fugidas notas escapa a solidão
Como um aroma que perfuma o ambiente
É assim que esse frescor pousa no coração frio
E o ardor desse podre sentimentalismo esvai-se
Como uma pena dançando nos ares
Rompendo as brumas tisnes de um lago
A aurora acordava as folhas caindo
E meus olhos abriam-se devotos a tristeza
O dia, aparentava ser monótono
E a melodia era de um passado fúnebre
Que fazia passos tênues para a bailarina chorar
Até o último ato para a beira do abismo.
E de lá, a última estrofe nascida do peito amargo
Como a vida tirada das mãos de cego amor
Últimas notas sombrias zombam de seu músico
Últimas palavras dizem a Adeus ao seu poeta.