Sentimentalismo

Em fugidas notas escapa a solidão

Como um aroma que perfuma o ambiente

É assim que esse frescor pousa no coração frio

E o ardor desse podre sentimentalismo esvai-se

Como uma pena dançando nos ares

Rompendo as brumas tisnes de um lago

A aurora acordava as folhas caindo

E meus olhos abriam-se devotos a tristeza

O dia, aparentava ser monótono

E a melodia era de um passado fúnebre

Que fazia passos tênues para a bailarina chorar

Até o último ato para a beira do abismo.

E de lá, a última estrofe nascida do peito amargo

Como a vida tirada das mãos de cego amor

Últimas notas sombrias zombam de seu músico

Últimas palavras dizem a Adeus ao seu poeta.

Pedro de Sousa
Enviado por Pedro de Sousa em 20/12/2022
Código do texto: T7676265
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