A PORTA DA CIDADE
Vejo corredores longos , concretizados de emoções .
Com as suas calçadas de coração duros .
As vezes quente,
as vezes frios.
O canto de parede é o meu cantar ,tendo só um velho cobertor para me guardar .
O frio imponente
quer me maltratar ,
na solidão das ruas nuas, e surjas ,num frio de rachar . Festa para os ratos ,e os gatos da burguesia .
Eles são os meus amigos, eles não mexem comigo .
Diferente do meu semelhante, que querem me maltratar ou até me matar .
Me desprezam ,
Torcendo que eu seja breve na sua visão .
Querendo me jogar vivo no caixão ,sem ter nemhuma compaixão .
Mas, eu bato no peito
Dizendo assim:
Graças a Deus ,que esta vida tem fim.
Pior é no inferno,
Lá a solidão não tem mais remédio .
Para tanto sacrilégio