A PORTA DA CIDADE

Vejo corredores longos , concretizados de emoções .

Com as suas calçadas de coração duros .

As vezes quente,

as vezes frios.

O canto de parede é o meu cantar ,tendo só um velho cobertor para me guardar .

O frio imponente

quer me maltratar ,

na solidão das ruas nuas, e surjas ,num frio de rachar . Festa para os ratos ,e os gatos da burguesia .

Eles são os meus amigos, eles não mexem comigo .

Diferente do meu semelhante, que querem me maltratar ou até me matar .

Me desprezam ,

Torcendo que eu seja breve na sua visão .

Querendo me jogar vivo no caixão ,sem ter nemhuma compaixão .

Mas, eu bato no peito

Dizendo assim:

Graças a Deus ,que esta vida tem fim.

Pior é no inferno,

Lá a solidão não tem mais remédio .

Para tanto sacrilégio

Caarlem
Enviado por Caarlem em 12/12/2022
Reeditado em 10/08/2024
Código do texto: T7670594
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