Eterno
Eu grito alto aos ventos
Com uma voz sombria
Quase que sem forças
O que sinto,mas nada ouso
Resta-me o quê?... eu lhe pergunto;
Viver esse desejo maldito?
Que mal terrível eu fiz ao mundo?
Escuto apenas meus batimentos aflitos.
Caminho entre os vivos
Quase que morta
As multidões passam quase
Que em silencio!
Pois bem abriram-me a cova
E não gosto da figura que ali se aloja
Agora em meu peito se encontra a espada
Ama-te sombra miserável .
Mas como é insuportável à solidão eterna
As noites frias congelam minhas
Lagrimas em meu corpo frágil
Não sobrou nada!... apenas os
Ventos que me fazem companhia!