Solitário

Sentado no banco da praça.

A chuva molhando seu rosto.

Não ha destino sombrio

Nem futuro pra ele.

No quarto escuro, sombras nas paredes.

Fantasmas povoam seu sonho.

A vida é incerta, a morte não existe.

Nada é real.

Nos rostos que o olham,

Nem compaixão ou amor.

Nessa multidão de zumbis.

Apenas a necessidade de seguir,

E nem sabem pra onde vão.

Esperança, palavra intradusível.

Estrada sem fim.

Onde brilhará uma luz?

Se nem existe um túnel.

Onde estará o sol?

Se o calor não aquece mais os corações.

Só lhe resta sentar no banco frio.

E esperar a noite chegar.

Pensar que talvez haja um amanhã.

Ou nada mais.

Antonio Candido Nascimento
Enviado por Antonio Candido Nascimento em 04/12/2022
Código do texto: T7664372
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.