Solitário
Sentado no banco da praça.
A chuva molhando seu rosto.
Não ha destino sombrio
Nem futuro pra ele.
No quarto escuro, sombras nas paredes.
Fantasmas povoam seu sonho.
A vida é incerta, a morte não existe.
Nada é real.
Nos rostos que o olham,
Nem compaixão ou amor.
Nessa multidão de zumbis.
Apenas a necessidade de seguir,
E nem sabem pra onde vão.
Esperança, palavra intradusível.
Estrada sem fim.
Onde brilhará uma luz?
Se nem existe um túnel.
Onde estará o sol?
Se o calor não aquece mais os corações.
Só lhe resta sentar no banco frio.
E esperar a noite chegar.
Pensar que talvez haja um amanhã.
Ou nada mais.