ÍNFIMA FAGULHA
" Que minha solidão me sirva de companhia
Que eu tenha a coragem de me enfrentar
Que eu saiba ficar com o nada
E mesmo assim me sentir
Como se estivesse plena de tudo."
Clarice Lispector
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Ínfima Fagulha
Nada sou e ao nada pertenço
Ainda que trago casa construída
Com jardim de flores e endereço
Sou feita dessa tal solidão vivida.
Talvez por hábito do meu interior
[Desde cedo aprendendo a ser só]
Viu que o desapego é ainda melhor
Pois basta um sopro para se virar pó.
Assim, nada sou e ao nada pertenço
Diante do tudo e do imenso vazio
Sou passagem desse eu que penso
Ínfima fagulha que aqui surgiu.
Vilma Orzari Piva
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Grata pela maravilhosa interação do querido amigo
e nobre poeta Edimar Luz
Uma ínfima fagulha a brilhar
Neste mundo, somos nós
A amar a vida e a vida a nos amar,
Com a certeza de que com Deus nunca estaremos sós.