Amor e não existência

Trago a memória a dor

a esfinge da variante

sofrência do desespero

e ruinas do desamor.

Amar o que não existe

amar o ideal do amor

amar apenas um sentimento

de dor e de querer.

Pessoas mascaradas nas redes sociais

descompromissadas com seus ideais

desespero do dia que não acaba jamais

ramalho e doentes de sofrer.

Rodeados de desejos e inquietudes

momentâneos quereres e desajustados

medos de mentir para mim mesmo na

patética e rara aurora do dizer.

Condicionantes de amar um qualquer

de amar o fim da solitude de querer

rezar, de querer desafiar a luxúria

os perdidos sonhos de uma noite.

Rojos e roxos de tanto se perder

de não se achar, de não saber o

que dizer, o que esperar de qualquer

lugar e de apenas esquecer de tudo.

Hoje em dia é assim, de chorar sem

lacrimejar, de rir, sem gargalhar, de ir

sem voltar, de cantar sem subir o tom

de dizer o que não era para ser.

O sonho de ser apenas um viajante

de uma jornada que não acaba, de

uma fantasia desgramada, desatinada

de dias e duas noites sem fim.

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 22/09/2022
Código do texto: T7611685
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