considerações poética
sei que a vida é mística, surreal.
que nossa história é visceral, ardil.
há quem faz chorar e há quem enxuga
nossas ingênuas lágrimas de ser humano.
há um peso febril na alma que marca
que cicatriza, que fere o corpo sucumbido
de tristezas ou alegrias ou verões ou solidão.
sei que as palavras são traçadas num bilhete
rasgado dum papel esquecido do tempo,
e um a um vão sendo exterminado pelas saudades
todos as razões inertes de cada ser humano.
sei que o amanhã é sempre esperado, almejado
gestado entre o não e o sim das circunstâncias.
sei que alguém fez um outro chorar,
sei que um outro fez alguém também sorrir,
e nesse círculo efetivo o mundo fica ensolarado
talvez nebuloso,
porém: confiante, sublime, autêntico.