Versos Doentes
Versos Doentes
O Ser humano é indiferente
Ao que de fato perturba o outro
E eu tão tolo sempre presente
E Pra ajudar ,me esforço o dobro
Um incômodo latente
Parece em mim perpetuar
A Poesia é o meu grito
E ninguém tá nem ai pra escutar .
É uma ferida cheia de pús
Fazendo a carne toda feder
Meu poema é a minha dor
Quem tem coragem , parar e ver ?
Minhas obras são como um câncer
Só aparecem se estou doente
Mais fácil ignorar
Ninguém se envolve com a dor da gente
Cada palavra minha , leiam em vermelho
É um corte fundo na veia cava do coração
Não tem conforto não tem conselho
É apertar até estancar tanta pressão.
Com tempo eu, criei um hábito ,
De não ligar , pra podridão
O egoísmo é tão perverso
Segura no peito doido ,é teu rojão .
Humberto Flores Camargo