ao longo da
discódia
nunca houve
afagos.

 

ao longo do 
caminho
menos sol,
rubra lua,
caminhos
tortos,
ficheiros
de breu,
andam sempre
juntos.

 

sem se falar,
sem se dar.

 

ora!
calça a bota
que eu coloco
a sola!

 

cair,
sim senhor,
caimos!

 

se deu
grito
é de dor.
senão,
foi a
paz
que antes
chegou,
com a bandeira
em cruz.

 

ora, pois!
dúvidas
a gente tem.

 

desconfianças
nos assolam,
rasgos
de perguntas
do
porquê,
e  porque,
daqui pra 
frente
eles só
sabem
fazer
é untar.

 

o tempo
deixa passar, e
mais tarde,
ele se apressa
a cobrar.

 

e se cobra!

dívidas dos
comuns,
afeitos
à graça
do amor,
refeitos
à sombra
dos jamais
que nunca
viram
cor!

 

rubra a febre,
empesta de ramos,
que é só dor,
que até
fere a 
pele.

 

um dia eu,
outro você!

 

caminhar
juntos
só em pensar!

 

o que nos separa
é mais forte,
temido de
guerra,
premente,
e sem medo.

 

não teme gemidos!

o que nos separa
é a mesma fonte
que nos une,
é a ânsia
que não
atravessa
ralas
pontes.

 

fui para lado
você pra outro:
de dois em
dois,
nos largaram.

 

você pra lá,
eu pra cá.
sem poder
ao menos
poder achar.

 

hoje,o tempo
se passa e
bem longe e
nos deixou.

 

não sei mais quem
você é;
duvido que eu
saiba quem sou.

 

no mais,
espero que a vida
rode
e cheia de
de repentes,
você me enlaça,
enquanto canto
alguma ode.

 

porque, no fundo,
sou trampolim
da roça,
e festa de saudade.

 

é comigo mesmo:

sou afeito 
à fogueira
de pular,
da batata
do comer,
e de mulher,
junto,
só pra amar!

 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 01/09/2022
Reeditado em 15/03/2023
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