Karma do Eu

 

Intrinsecamente sozinha,

Companhia minha,

Indivíduo tão "eu" e tão meu.

 

Diferentemente,

Unicamente,

Tão Beatriz.

 

Vivo o presente.

Busco estar persistente.

Confio em meu potencial e jeito individual.

 

Observadora e tagarela desde criança.

Introspectiva e extrovertida em aliança.

Ambivalente!! Valente!! Vivente!!

 

Nunca quis me rotular ou acreditar no conceito que o outro me deu.

Não é por falta de personalidade nem por egoísmo meu:

Os rótulos podem ser insuficientes para a experiência do "eu".

 

Quando me deparei sozinha, só senti as facetas da solidão

E por vezes alegre por poder ter um "eu" em sondação

E por vezes triste por querer um(a) amigo(a) de coração.

 

Pois então, desenvolvi (e ainda estou) mais empatia e autenticidade,

Mais responsabilidade, ternura, escuta e amorosidade

Para que seja possível eu me mostrar com o outro na realidade.

 

Foi dessa solitude em sua completa dimensão aceita

Que passei a me mostrar para algumas pessoas e para mim mesma

Como digna de amor e de aceitação como pessoa com certeza.

 

Desse modo com meu "eu" aceito, a cada momento,

pude aceitar mais o outro alheio em seu seio,

tão diferente e tão "ele" a cada singular sentimento.