Communis
Eu me perco no meu desejo
Logo após jurar que nunca mais faria isso
Volto a pecar como se em uma missa de sétimo dia
Voltasse a minha gula anterior amplificada pela abstinência
Toda a química inconstante
Que a terra absorve e transforma
Com pesares a presença que se alonga
Eu sou o mensageiro por fora de minha pele
Toda a dança desta era fora lapidada
Premeditada para a lápide
Ainda que a descrição seja um culto oculto
Há seus deuses e senhores espalhando o dever
O transe da estética do que decompõe o silêncio
Atraí particularmente o meu comício de vagalumes
Afasta toda e qualquer crença sólida
Quem enxertaria o caos delirante em suas veias?
O resto de bacantes me deseja
Mas sua pulsão é mais sobre pertencer
Conheçam seu nome, sua textura, seu cheiro,
Suas feições e a causa de seu esgotamento
Caçar um corpo na cidade sem rosto
Onde toda a blasfêmia diz 'dance' e você recusa a gentileza
Terra ímpar e pálida onde todas as logomarcas
São vampiros em sua jugular, arrancando um pouco dos teus anos
Eu quero ter olhos derretendo em meus dedos
Como sóis em verões tardios me abençoando
Que a noite se embriague de minha perspectiva
Sonha meus suspiros como um caminho de alívio
E ele era tão fascinaste como um três de ouros
Tão perverso como um cavaleiro de copas
Tão visceral e acolhedor como o diabo
Tão solene como a morte