AINDA ASSIM

   AINDA   ASSIM

Há tanto tempo escrevo

E falta com quem conversar,

A timidez não é tanta,

Sempre procuro, não acho

Quem entenda o meu versar.

Declamando nas montanhas

Ou buscando eco no mar,

Os poemas vão surgindo

Sem ter com quem contracenar,

Pena e papel sentindo.

Telas em letras mostradas

E poucos querendo olhar,

Indiferença notada

Deixa papel desbotado

E escrito acanhado.

Quem me gosta até gosta

Do que teimo em escrever,

O que sinto vai pro papel

Em rimas pintando o viver,

Sem ser difícil entender.

O poema quase pronto

E não tenho a quem mostrar,

Poeta contando conto

Que talvez não queiram ouvir;

Talvez seja sempre assim:

Eu, escrevendo para mim.

AMN DIDO
Enviado por AMN DIDO em 24/08/2022
Código do texto: T7590059
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.