TROPEÇANDO, DE NOVO
De rara remanescência brota o querer abstrato,
distanciado em sequências, que nunca, em nada ponderam.
Pensamentos que desfazem a natureza da espera,
o devaneio a galope, sustentado pela quimera,
e o muito do pouco em pauta,
na falta que poucos fizeram.
Sôfrega carência que segue desacompanhada,
suprindo o que transcende na adversidade contrária,
a dizer dos tantos sonhos que não serão realizados,
no intervalo da pausa, na indecisão arbitrária.
E do que é feito o temor, ressalta o receio.
E onde repousa o cansaço, desperta o anseio.
E o caminhar adiante não cumpre o achado.
Passo a passo, atravessa, tropeça...
e vai, sem ter alguém ao seu lado.