Soneto de meus dias
Se vão meus dias, a ponto
De não sentir meu passado
Colhendo o que em planto
Em dor em lagrima semeado
Meus dias, meu tempo, meu canto
Mas que como tantos, canto calado
Meus dias inspirados e santo
Que folga em sentimentos cortados
Lá se vão meus dias meu sorriso
Lá se vão meus dias e esperanças
E nos que ainda restam, quem sabe preciso
Da esperança que ao infeliz alcança
Possuindo a vida e espalhando riso
Protegendo a alma das más lembranças