Depois Que...
Depois que você se foi
Já não suporto a chuva,
Tão pouco aceito a brisa.
Nada me serve feito luva,
E isto a vida me frisa.
Tudo está à deriva.
Nada está em seu lugar.
Em muito a vida me priva.
Só me resta abnegar.
Abrirei mão de tudo,
E desprezado do seu calor,
Em um suspirar profundo,
Seguirei furtivo do seu amor.
Não há firmamento, não há céu
Não há astros nem estrelas.
Vivo em denso fel.
Meus dias não tem centelhas.
Privado do brilho e do encanto,
Privado dos sonhos e alegrias,
Sigo em sofreguidão e pranto,
Nas noites solitárias e frias.
Em segundos eu definho dias.
Me entrego a desilusão .
Já não clamo em abadias,
Aqui jaz em solidão.
#GafanhotoNegro