DESARRANJO
Era a falta.
A total ausência.
O desmazêlo,
a penitência.
A culpa constante,
a presença distante,
a solidão permanente.
Era tanto o que não agradava,
que não houve meio para o que se dava,
na intransigência que percorria o caminho.
Era o eco de minha própria voz
a dizer-me que nunca houve a sós
um momento em que eu não fosse sozinho.