Sou o circo,
sou a hora,
sou o desejo.
Sou pálido,
mas sou assim mesmo.
Sou tudo de nada
apenas o árido
faz meu terço.
Se tenho medo?
Tenho tanto medo
que deixo tudo para amanhã
Ou depois de amanhã,
seria melhor.
Pois lá me deixo esquecer,
pois depois de amanhã já passou,
ficou tudo para ontem
quem acabou não existindo.
Nada me leva a nada.
pois meu texto é vesgo!
Sou mesmo prematuro
e cheio de desejos.
Mas isso
foi depois de amanhã.
pois agora, no hoje,
é hora de chorar.
Mas, não !
Sou forte e
continuo a
remar !
a procura de
meu amor solto.
Parto agora
ou depois
- não tem hora -
mas vou,
pra praça de
quatro trevos!
Onde sentimento
tem nome de vidro
e amor é chamado
de ardose dos sofridos !
É onde moro
agora, sem ela,
na terra dos idos!