SONS DO SILÊNCIO

Em nome do silêncio que busco;

Vago em meus pensamentos;

Calando a dor que se encontra;

Hospedada em meu peito;

Amores passados assombram a minha mente;

Desejos de ficar só eternamente;

Calando lágrimas que possam reaparecer;

Ficando em paz e observando dores;

Que afligem e atormentam multidões;

Me jogando ao silêncio que tanto anseio;

Lágrimas ressurgem em faces alheias;

Rancores e dores atemporais;

Se tornam sombras deste cinzento passado;

Caminhamos para um eterno abismo;

Calando dores internas sentimentos sufocantes.

Me jogando ao som do silêncio;

Buscando inspirações no inexistente;

Vivendo ao som da tempestade;

Caminhamos para o fim de nós mesmos;

Descobrindo os mistérios da existência humana;

Caminhando eternamente ao som do silêncio;

Destruindo pontes que nos separam desta doce ilusão;

Abismos mortais e vazios sentimentais;

Talvez estejamos na beira de um infinito abismo;

Calando dores que nossas almas e mentes;

Construímos um passo para a felicidade;

Mas destruímos a nossa própria realidade;

Caminhos vazios e estradas mortos;

Buscando uma voz que clama no silêncio;

Me jogando em meio a tempestade;

Calando dores e vazios existenciais;

Esperanças que se refazem;

Vozes que ecoam desta imensidão;

Um grito que clama meio a multidão;

Espaços vazios e estradas mortas nos esperam;

Em meio a esta infinita tempestade.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 11/06/2022
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