Eu desertor de mim
Estou fugindo de mim mesmo.
Não do meu eu original, este é indissociável.
Fujo dos meus eus em outrem.
Há sempre fractais de mim nos outros.
Nem todos os bons ou ruins, mas exibem um reflexo comum, o medo angustiante
De tormento já basta um, este é suficiente.
Por isso se algum dia eu me ver em ti.
Arrumarei as malas, dar-te-ei um beijo e um adeus, pois breve terei de partir.