Dias...
Beijo a flor da madrugada, orvalhada!
Lembrança dos teus lábios vermelhos molhados
Há quem dera você aqui nos meus braços
Novamente ocupar todo meu espaço.
Observo a lua se apagar em despedida
Parece entender o meu desalento
As sombras da noite vão se dissipando
No horizonte o sol vem despontando.
Coloco as mãos nos bolsos e vou caminhando
O banco da praça ali plantado distanciando
Em suas tabuas frias rastro de saudade
Os bem-te-vis fazem coro a minha passagem.
Novo dia desponta imponente e brilhante
Coloco o blusão nos ombros abro a camisa
No peito dolorido de amor todo calor
A vida acorda apressada repleta de clamor.
Jamaveira