Vozes anti-recíprocas
O vento que sopra em meu rosto,
Traz lembranças de um dia inquieto,
Inquieto de bom, algum dia em que eu já me permiti sorrir.
Por que não consigo mais tal permissão?
Não sei... Talvez eu até saiba, mas não queira admitir.
É como se eu rasgasse um papel,
Achando que ele iria desaparecer.
Como se eu regasse uma planta,
Achando que ela iria florir.
Não que eu seja previsível,
Mas o mínimo de reciprocidade,
A consideração pelo esforço.
É o que faz de dois, um só.