Não quero ser sempre
um momento engraçado,
uma peça de armário,
uma folha divida,
um teatro vazio,
um chapéu sem dono.
Descobri um amor sem donos,
E desta não desfaço,
e digo prá todos:
que esta história ouvem.
Vou embora para
Monzavilla.
Terra boa e milagrosa.
Terra de gente luminosa
e sem carências.
De mãos dadas, com ela, bem formosa !
Mas um dia, de dia... perdi !
ela, a pedra, o visgo e o chão de rosas,
Se tudo perdi,
tudo perdi.
E, lástima,
o para sempre me persegue !