Ama-me sem rumo
Manhã que chega
sol ofuscante, seco de orvalhos
recantos musgosos, passeios de gentes vazias
aqui e ali um aperto de mão.
Vida que continua, bebés nascem
outras vidas partem, o mundo avança
pensamentos singulares para lá das nuvens,
sentimentos num passado longínquo.
Nada se move neste jardim à minha frente
mas os pardais esses saltitam entre a erva fresca.
Tanto faz, finjo que não existo
e amanheço declarando paz a mim mesma.
Mas não me esqueças nunca!