Ama-me sem rumo

Manhã que chega

sol ofuscante, seco de orvalhos

recantos musgosos, passeios de gentes vazias

aqui e ali um aperto de mão.

Vida que continua, bebés nascem

outras vidas partem, o mundo avança

pensamentos singulares para lá das nuvens,

sentimentos num passado longínquo.

Nada se move neste jardim à minha frente

mas os pardais esses saltitam entre a erva fresca.

Tanto faz, finjo que não existo

e amanheço declarando paz a mim mesma.

Mas não me esqueças nunca!

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 18/03/2022
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